domingo, 26 de janeiro de 2014

Ira! marca volta aos palcos na Virada Cultural, em maio



Anote na agenda: na madrugada de 18 de maio, em um dos palcos principais da Virada Cultural, em São Paulo, o público poderá conferir a volta do Ira!. Os fãs do grupo, órfãos desde a briga entre o vocalista Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra, há quase sete anos, ganharão também uma turnê de volta, que deverá durar dois anos e ter cerca de 200 shows.

"Será um grande reencontro com nossos fãs", diz Nasi. "Eu não aguentava mais falar com fãs do Ira! na rua e ouvi-los dizendo que tinham saudades de nós", diz Scandurra. "Nós também estávamos com saudades deles."

A reaproximação de Nasi e Scandurra começou em março de 2013, quando o cantor ligou para o guitarrista e propôs uma trégua na briga. "Eu abri meu coração, disse que queria passar um pano em tudo de ruim que falamos um para o outro, em tudo que foi dito de forma maliciosa."

Nasi também se ofereceu para cantar em um show beneficente que Scandurra estava organizando para um instituto que cuida de crianças com necessidades especiais. O reencontro no palco acabou acontecendo no fim do ano. "Foi muito emocionante tocar com o Edgard de novo", diz Nasi.

Scandurra diz que a volta será uma oportunidade de "pedir desculpas" aos fãs pela forma como a banda acabou, em 2007: "Foi muito feia a forma com terminamos, foi como um prédio de 30 andares caindo sobre nossas cabeças, uma coisa terrível."

Desse show de reencontro, veio a ideia para uma nova turnê do Ira!, mas sem a presença do baixista Gaspa e do baterista André Jung. "Tanto Edgard quanto eu estávamos tocando com outras pessoas há seis ou sete anos, e achamos melhor continuar com elas," diz Nasi.

"Eu amo o André (Jung) e tenho imenso respeito por aquela formação do Ira!, mas aconteceram algumas incompatibilidades que eu não pude contornar." Edgard confirma dois nomes da nova formação: seu filho, Daniel, no baixo, e Johnny Boy, da banda de Nasi, nos teclados.

A turnê deve se estender por dois anos e ter cerca de 200 shows. Tanto Nasi quanto Edgard dizem que não vão parar com seus projetos paralelos. "Nesses sete anos, toquei com muita gente legal, fiz música infantil, fiz um projeto na África com o Arnaldo Antunes", diz Scandurra.

Fonte: ANDRÉ BARCINSKI - Folha

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